7 Dicas Para Cultivar Relacionamentos Profissionais de Excelência

Trabalhando como Coach e Assessor de Carreira, dedico muitas horas da minha semana a escutar inúmeros casos sobre relacionamentos conturbados no ambiente corporativo com pessoas difíceis de lidar. Muitos desses casos estão diretamente ligados aos desafios dos meus clientes e outros têm uma relação mais distante, mas independente de qual é o cenário, não é novidade de que relacionamentos eficazes são extremamente importantes para se obter melhores resultados no cenário empresarial. É de senso comum afirmar que colaboração, sinergia e coesão de equipe dependem da aliança entre cada componente de um time, seja entre líderes, pares ou liderados.

Eu mesmo, em minha trajetória, tive de lidar por algumas vezes com pessoas com as quais não me dava tão bem. Nada mais humano certo? Mesmo para mim, que tenho como fortalezas a sociabilidade, empatia e relacionamento tive que lidar com cenários em que interações profissionais foram fruto de grande nível de stress (e de ricos aprendizados).

Sendo assim, a pergunta que não quer calar é: como obter melhores relacionamentos no contexto organizacional?

Certamente não há uma resposta definitiva, mas dentro das minhas descobertas e pesquisas destaco 7 dicas que podem ser implementadas com um mínimo de autorresponsabilidade no dia-a-dia de trabalho!

1- Lembre-se que o seu jeito é só um dos jeitos certos e não “O” jeito certo.

É relativamente comum se deparar com situações em que uma pessoa apresenta comportamentos que parecem ser completamente distantes daquilo que se normalmente parece ser certo. No entanto, é muito importante ter em mente que a sua forma de fazer as coisas é só uma das maneiras corretas de se fazer algo. O comportamento humano é influenciado por inúmeras variáveis, entre elas, valores. Ter em mente que os valores variam de pessoa para pessoa ajuda na obtenção de maiores níveis de compreensão. À medida em que o julgamento diminui, a empatia cresce.

Fazendo um paralelo com a teoria DISC, criada por William Moulton Marston e uma das mais famosas do mundo ao tratar do comportamento humano, nenhum dos quatro perfis comportamentais existentes podem ser considerados bons ou ruins, certos ou errados, sendo correto afirmar que são apenas neutros. Logo, se seu comportamento é tão legítimo quanto o de quem estiver ao seu lado, busque dar uma nova interpretação para aquela rusga que nada contribui para você, para a sua equipe ou para a sua empresa.

2- Inspire-se com as fortalezas que o outro apresenta.

Sermos críticos à maneira como certas pessoas fazem as coisas por vezes pode ser bem fácil. Simplesmente surge aquela ideia na cabeça de rotular aquele ou aquela com quem temos dificuldade de lidar de uma forma que fica cada vez mais desafiador enxergar as coisas por um prisma mais agregador. Uma maneira efetiva de desfazer essa classificação nociva, é buscar ativamente quais são pontos fortes que a outra pessoa apresenta e com as quais você pode se inspirar. Acredite, mesmo pessoas aparentemente tóxicas têm suas fortalezas e provavelmente fazem alguma coisa melhor do que você.

Determine a você mesmo um tempo para fazer observações e faça anotações a respeito. Insights inesperadamente positivos podem surgir a partir desse simples exercício.

3- Mostre apreciação de forma genuína.

De acordo com a visão de Dale Carnegie no best seller “Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas”, todos nós, sem exceção, buscamos ser importantes de alguma maneira. Claramente, esse senso de importância pode variar significativamente de pessoa para pessoa, no entanto, é possível assumir que ninguém gosta de ser depreciado, menosprezado ou criticado. Muitos profissionais sequer são receptivos a feedbacks, quanto mais a observações pouco construtivas à sua atuação. Partindo desse pressuposto, é simples imaginar que indiferença ou ressentimento não servirá de muita coisa na busca por melhores relacionamentos (e resultados por consequência). Se você seguir as dicas citadas acima certamente será capaz de encontrar aspectos positivos no qual a outra pessoa se destaca. Ao ter clareza dessas características, experimente manifestar seus pensamentos de forma genuína e respeitosa ao próximo. É muito comum gastarmos boa parte do tempo criticando, então que tal expressar um elogio sincero? Se necessário, deixe o orgulho de lado e poderá ter surpresas com o que a SUA mudança de postura pode proporcionar de positivo.

Ninguém influencia positivamente outra pessoa ferindo seu senso de importância.

Parece simples… e será se você praticar!   

4- Assuma a responsabilidade e trabalhe com o que está sob o seu controle.

Uma relação entre duas pessoas obviamente não depende de apenas uma das partes e será sempre uma via de mão dupla. Dito isso, esperar que suas ações mudem o jeito de outra pessoa pode ser uma empreitada profundamente frustrante. É muito comum ter em mente a ilusão de que nossas críticas ou nosso silêncio servirão como uma lição para que o outro aprenda. Ledo engano! Adultos aprendem quanto têm autonomia, quando confiam e quando se sentem apreciados e engajados.

Lembre-se sempre, ninguém é dono da verdade e é muito mais promissor buscar mudar a si mesmo do que outros indivíduos! Quando nos desenvolvemos, mudamos. Não necessariamente deixamos nossas essências, mas sim, subimos nossa régua e nos aprimoramos. Temos pleno controle sobre nossas próprias variáveis (até mesmo sobre nossas emoções, mas isso é uma conversa para outro dia).

5- Seja persistente (e paciente).

Ter dificuldade de lidar com um(a) gestor(a), pode ser muito diferente de lidar com pares e liderados, até porque, existem inúmeros fatores que interferem nas relações empresariais. Cultura, hierarquia, tamanho da equipe, senioridade, grau de responsabilidade, autonomia na tomada de decisão… O contexto é complexo e o esforço empregado em prol de um relacionamento profissional saudável pode ser grande. Partindo desse ponto de vista, é fundamental que você esteja ciente que a construção de alianças sólidas pode levar tempo. Ser persistente é necessário, tal como é importante ter paciência para não mandar tudo pelos ares quando o stress bater. Às vezes, a conquista da confiança pode ocorrer à conta-gotas, mas o resultado pode ser incrivelmente recompensador.

6- Se você gostar do outro, ótimo! Se você não gostar do outro, ótimo também!

Os seres humanos, sem exceção, gostam de se sentir bem, ponto final! Isso implica estar emocionalmente conectado ao que se está fazendo e que de preferência promova boas sensações. Antropologicamente, buscamos as relações e a coletividade e prol de nossa sobrevivência. Sendo assim, é fácil assumir que temos que gostar uns dos outros para nos relacionarmos bem, certo? Pessoalmente eu diria que não! Ao menos não no contexto organizacional. Empresas são feitas por pessoas e que devem trabalhar bem juntas para obter lucro. Simples assim! Isso quer dizer que profissionalismo, comprometimento, responsabilidade devem ser condições mais valorizadas do que o “gosto ou não gosto”. Em outras palavras, quando tudo o que estava sob seu controle foi feito para ter um relacionamento mais saudável e isso não aconteceu, permaneça na busca, mas mantenha seus olhos voltados para os resultados confiados a você e à sua equipe. Quando houver motivos para comemorar, talvez surja uma ótima oportunidade para estreitar laços.

7- Sim, política conta!

Habilidade política ainda é e provavelmente sempre será um recurso poderoso para se destacar no ambiente empresarial. Engana-se quem acredita que política depende de articulações inescrupulosas na defesa de interesses unilaterais.

Segundo uma publicação do Harvard Business Review, de autoria de Klaus J. Templer, “habilidade política é definida como uma competência social positiva que ajuda as pessoas a fazer contatos, influenciar outras, demonstrar traquejo social e ser sinceras nos seus relacionamentos.” Para tanto, de acordo com o autor, estabeleça conexões com grupos de pessoas-chave dentro e fora da organização. Demonstre interesse genuíno pelos outros, ouça-os com entusiasmo e indague-lhes sobre seus interesses pessoais e profissionais. Feito tudo isso, seu nível de aprovação e influência deverá crescer dentro da sua organização. E de novo, parece simples… e será se você praticar! Entretanto, caso esteja em um contexto cultural onde você se sente como a exceção à regra, talvez seja hora de repensar seu posicionamento e buscar novos horizontes. Para isso, conte sempre com ajuda especializada para potencializar os seus avanços, alinhando seus valores com a sua jornada de carreira.

Boa sorte!

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